
As primeiras ruguinhas no meu rosto não me deixam mentir: os 27 anos chegaram e aquela menina serelepe e tagarela que ama fazer aniversário virou adulta. Oficialmente adulta. É bem verdade que eu continuo serelepe e tagarela, e continuo amando meu aniversário, mas nunca me senti tão adulta como agora.
Na época que eu era pequena, quando eu me imaginava adulta me via no alto dos meus 24 ou 25 anos, formada, noiva ou até casada já planejando filhos. Bobinha eu, né? Porque, a bem da verdade, ser adulta é muito mais do que só formar, casar e ter filho. Aos 27 anos, já dá para perceber que, entre cada um desse três importantes eventos, existe um universo inteirinho de coisas novas esperando para ser conhecido. Sobre o mundo e sobre mim.
Sobre o mundo, já aprendi que ele pode ser igualmente incrível e hostil. Que os desafios existem para serem superados, e que um pouco de paciência cai bem, assim como um pouco de ousadia também. Sobre esse mundo em que vivo, demorei, mas aprendi, que ele é recheado de gente de todo tipo, e que cada um planeja a sua vida como quer e como pode. E que eu, bem eu, tenho mais é que viver minha vida sem me consumir tanto com as escolhas alheias.
Sobre mim, aprendi que sei manter meus amigos por perto e que posso continuar a fazer amigos mais facilmente do que imaginava, que basta ser feliz para atrair outras pessoas felizes por aí. A gente se encontra, ainda que em uma passagem rápida. Sobre mim, aprendi também que ainda resta uma porção bem generosa de doçura e sensibilidade, e que eu continuo a mesma menina chorona que sempre fui – só que agora sofro menos por isso, sabe? Aquele lance de “aceita que dói menos” em alguma medida é verdade. Aprendi que correr atrás vale à pena, que fazer dieta também faz (embora, nessa parte, eu siga derrapando de vez em quando); que amar quem me ama faz um bem danado, e que ter no meu irmão o meu melhor amigo é algo de Deus (and it keeps getting better. como pode, mãe?).
O mais legal sobre esse tantão de coisa que aprendi nesse ano que Deus me permitiu completar é que eles me dão a sensação de que serem apenas a ponta do iceberg, o começo de coisas grandiosas, apenas um capítulo nessa minha história de descobrir o mundo e o meu papel nele. É nesse sentido que, como disse no início do post, que me sinto mais adulta como nunca: aquela idade que você imagina quando criança que as coisas acontecem, no meu caso, eu não preciso mais imaginar. Eu estou nela, nesse momento, agora.
Obrigada, meu Deus, por mais um ciclo que se encerra. Obrigada pela chance de começar mais um.
Aos meus amigos e às minhas madames-leitoras lindas, um único desejo: que vocês continuem assim, pertinho de mim. Pode ser? <3


fotos: @mariannacalmon
êee, oficialmente #madame27!